Saturday, October 28, 2006


Title: Verguenza
Artist: Ska-P
Album: Planeta Eskoria
Year: 2000

LETRA


Entre el Atlántico y el mar Méditerráneo hay una tierra de mar y mucho sol
Que desde antaño se viene practicando una asquerosa y sucia tradición
Un individuo vestido de payaso tortura y martiriza hasta la muerte a un animal
Y el graderío estalla de locura cuando el acero anuncia su final.

Banderilleros sedientos de violencia van torturando sin ninguna compasión
Los picadores prosiguen la matanza acentuando punzadas de dolor
Malherido, enviste con bravura contra el frío del acero que destroza su interior
Agonizando en un charco de sangre, el puntillero remata la función.

Festejo, criminal, vergüenza !!!

Torero, eres la vergüenza de una nación
Torero, eres la violencia en televisión
Torero, eres asesino por vocación
Torero, me produce asco tu profesión

Llamar cultura al sadismo organizado, a la violencia, a la muerte o al dolor
Es un insulto a la propia inteligencia, al desarrollo de nuestra evolución.
Tu indiferencia les hace poderosos, manifiesta tu repulsa a la fiesta criminal
No colabores con un juego de dementes, taurinos al código penal.

Festejo, criminal, vergüenza !!!

Torero, eres la vergüenza de una nación
Torero, eres la violencia en televisión
Torero, eres asesino por vocación
Torero, me produce asco tu profesión

Festejo, criminal, vergüenza !!!


mais informaçoes visite este link:


http://myspace.com/skap

Tourada é Tortura

CONTRA A GANÂNCIA, CONTRA A ESTUPIDEZ
NINGUÉM ME VAI CALAR. E UMA TRADIÇÃO?
- TORTURA! A TOURADA TEM DE ACABAR!
UM ANIMAL PODE NÃO SABER PENSAR (?)
MAS É CERTO QUE SENTE A DOR.
NINGUÉM TEM O DIREITO DE O TORTURAR,
CONTRA A TOURADA VAMOS LUTAR!
O DINHEIRO COMO TRADIÇÃO,
A TOURADA SERVE O PODER.
PUBLICIDADE FEITA A CRUELDADE,
BOICOTA E VAMOS VENCER.


letra da musica tourada e tortura do album Inkisição (1993)
banda: X-Acto

Publicidade Anti - Touradas



Como parte da sua campanha "Cidade Anti-Touradas, a ANIMAL e a League Against Cruel Sports têm desde hoje e durante cerca de duas semanas estes anúncios gigantes a circularem nas regiões às quais a campanha se destina.
Mais uma iniciativa de louvar!

pra mais informaçoes veja o seguinte link:

http://www.animal.org.pt

As outras Vítima das Touradas


É sempre bom lembrar que os Touros não são as únicas vítimas das Touradas. Além destes, também os Cavalos sofrem e são muitas vezes vítimas desta prática.

Os cavaleiros afirmam sempre que gostam muito dos seus cavalos… mas a realidade revela-se negra para os cavalos.
Os cavalos são muitas vezes feridos pelos touros que devido à tortura sofrida antes e durante a Tourada tomam o cavalo como inimigo, ao contrário do que aconteceria em situações normais, ou seja, na Natureza.
Os cavalos sentem medo e sofrem, mas são obrigados pelo cavaleiro a fazer o que este quer. Mesmo quando não são feridos pelo Touro, os cavalos saem da arena à mesma a sangrar. O culpado? O cavaleiro que usa as suas esporas para forçar o cavalo a obedecer-lhe!

Quem gosta realmente dos cavalos, ou de qualquer outro ser vivo, certamente não estará interessado em colocar a vida deste em risco ou causar-lhe sofrimento.

Aqui está um artigo apresentado num site sobre cavalos: Horses - the forgotten victims of bullfighting. Em português, as vítimas esquecidas das Touradas.

Este artigo apresenta uns pontos de relevo:

* Não é raro cavalos usados em Touradas ficarem tão feridos que tenham de ser abatidos, mas apenas depois de saírem da vista do espectadores.
* Em Espanha há a modalidade dos “picadores”, cavaleiros com lanças que as espetam no touro. Os cavalos são frequentemente feridos apesar de estarem protegidos com uma capa, que pouco mais faz que esconder as feridas.
* Os cavalos são vendados e as suas orelhas tapadas com algodão para evitar que se assustem com o touro.
* As suas cordas vocais são cortadas para que este não “grite” quando o touro ataca.
* Os toureiros raramente são feridos ou mortos. Nos últimos 50 anos, apenas 10 toureiros morreram.

Já chega de touradas!

Dificilmente se muda a opinião de alguém que concorda com Touradas. Isso é normalmente adquirido pela educação, e a razão pouco costuma conseguir influenciar.

No entanto, ficam expostas algumas respostas aos argumentos mais vulgares de quem se esforça por tentar justificar uma prática sem justificação. Para quem se decidir a pensar.



1 - As Touradas são uma tradição antiga e por isso devem ser defendidas e perpetuadas.

As touradas são de facto uma tradição (importada de Espanha). Mas isso por si só não deve justicar que se pratiquem. As tradições têm normalmente origem em tempos antigos, em que as sociedades, mentalidades e modos de vida eram bastante diferentes dos actuais. Com o tempo, o Homem e as suas comunidades tendem a aperfeiçoar e desenvolver a sua forma de viver e pensar. Chama-se a isso evolução. É por essa razão que já não tomamos banho com baldes de água aquecida numa fogueira, é por essa razão que a escravatura, que tanto agradava a algumas pessoas, foi abolida e é também por essa razão que já não acreditamos que basta dançar ou sacrificar um animal para fazer chover.
As tradições, por muito bonitas que sejam, só fazem sentido quando são compatíveis com as formas de pensar e os conceitos vigentes. Como hoje em dia, o respeito pelo sofrimento dos animais começa a fazer parte da forma de pensar de muita gente, as Touradas deveriam ser postas em causa e abolidas (ou repensadas, colocando na arena, por exemplo, o Toureiro nu em frente ao Touro - sempre era mais masculino do que com aqueles fatos - E cada um que se desenrascasse. Se é espectáculo que querem...)
O que o Homem deve ambicionar é uma sociedade mais inteligente, mais culta, com menos violência, injustiça e sofrimento. As tradições não devem nunca ser um obstáculo à prática de valores mais importantes.

2 - Se não fossem as Touradas e os seus adeptos, a raça dos Touros Bravos já estava extinta.

Isto é evidentemente falso. Os Pandas e outros animais que correram risco de extinção nunca serviram para as Touradas e continuam a existir. Felizmente existem no nosso país reservas e espaços destinados a que determinadas raças subsistam caso os seus habitats naturais não o permitam. De qualquer forma com certeza de que os aficcionados que tanto dizem amar os Touros se esforçariam para que estes sobrevivessem mesmo que não servissem para nada.
Independentemente de tudo isto, o mais importante é deixar claro que perpetuar uma espécie de animais apenas para que estes possam ser usados em espectáculos que se baseiam no seu sofrimento não é um acto nobre nem louvável. E muito menos favorável ao próprio animal. Se é pra isso, que se extingam!

3 - Quem não gosta ou não concorda, não veja.

Felizmente na nossa sociedade, as coisas não são assim. Se toda a gente fechasse os olhos às injustiças que se passam à sua volta o mundo seria certamente bastante diferente.
É evidente que quando sabemos que se passa algo com que não concordamos, o remédio não é olhar para outro lado. Isso já muita gente faz em relação a demasiadas coisas.
Este argumento é tão despropositado que torna-se quase ridículo combatê-lo. No entanto pode dizer-se o seguinte:
Quem se insurge contra as touradas não o faz por prazer nem proveito próprio. Esse esforço deve, por isso, ser respeitado por quem consegue assistir ao espectáculo sem a mínima misericórdia e reflexão pelo que lá se passa.

4 - Quem é contra as Touradas devia preocupar-se com outras coisas que também são feitas, nomeadamente o abandono de cães.

O Ser Humano tem a capacidade de se preocupar com várias coisas ao mesmo tempo. É uma espécie de dom.
O facto de se ser contra as Touradas não invalida que a pessoa não se preocupe com muitas outras coisas que se fazem a outros animais. Não é por haver uma guerra no Iraque que não nos podemos preocupar com os assaltos ou com a inflação.
Há sempre coisas mais e menos graves, mas temos evidentemente o direito de nos preocupar com todas.
Certamente que quem critica as touradas insurge-se também contra o abandono de cães, lutas organizadas de animais e muitos outros assuntos.

5 - Quem diz que é contra as touradas é hipócrita porque muitas vezes maltrata os cães e outros animais.

Esta é uma afirmação que não se baseia em nada (nem em lógica nem em senso comum) a não ser na experiência pessoal que eventualmente alguém terá.
Pessoas e argumentos hipócritas haverá sempre, e não é por isso que se pode generalizar e tomar a parte pelo todo.
Ao contrário daquela afirmação, o razoável é supor que quem é contra as touradas preza os sentimentos dos animais de uma forma profunda e geral. E é normalmente isso que se verifica.

6 - O touro praticamente não sofre com o que lhe é feito na arena.

É de facto difícil afirmar o que é que um Touro sente numa tourada. No entanto, os estudos científicos (http://articles.animalconcerns.org/ar-voices/archive/pain.html) feitos até agora apontam no sentido de que as agressões sofridas antes e durante as corridas sejam não só dolorosas mas incapacitantes. O touro fica com nervos e músculos rasgados, e a quantidade de sangue que perde continuamente enfraquece-o. Não parece ser sensato pensar que isto pode ser agradável para o Touro, ou mesmo indiferente.
O touro, tal como os outros mamíferos, ao ter sistema nervoso central tem capacidade para sentir dor, ansiedade, medo e sofrimento. E os sinais exteriores que mostra na arena denunciam essas emoções. Não é portanto razoável aceitar a ideia de que os Touros sofrem pouco numa tourada.

7 - Os Touros nascem para serem lidados. São animais agressivos por natureza.

Uma coisa é o instinto de sobrevivência e auto-defesa de um animal, outra é o seu temperamento e personalidade. Embora o cortex cerebral de um Touro seja bastante mais básico do que o Humano (o que faz com que a sua personalidade seja igualmente menos complexa), cada animal tem o seu próprio temperamento, fruto, como no Homem, de factores genéticos associados a experiências vividas. O que todos têm em comum dentro da espécie é a sua técnica de defesa, que utilizam sempre que se sentem em perigo. Isto não deve ser confundido com a chamada "natureza" do animal. Com certeza que um Touro saudável deixado em paz no campo não anda a atacar tudo o que se mexe.

8 - Se quem gosta, respeita a opinião de quem não gosta, porque é que quem é contra não respeita a opinião contrária?

Toda a gente respeita as opiniões de todos e na realidade a opinião de quem é favorável às touradas também deve ser respeitada.
A sua prática é que não.
É fácil entender isto se pensarmos que Hitler era da opinião de que todos os Judeus deviam ser exterminados.
Mesmo que alguém tenha o direito a ter opiniões bizarra sobre qualquer assunto a sua colocação em prática não tem que ser respeitada nem tolerada se isso for ilegítimo. Se a prática de Touradas choca contra princípios considerados importantes por quem se lhes opõe, esta não tem que ser admitida.

9 - A arte de tourear é tão bonita que seria uma pena perdê-la.

A “arte” de tourear pode de facto ser considerada bonita, ter grande mérito artístico e principalmente técnico. Mas perde toda a legitimidade quando necessita de fazer sofrer física e psicológicamente animais para ser executada. Tal sofrimento não se pode impôr a um animal que não tem nada a ver com o assunto. É injusto, prepotente e cobarde fazê-lo. Esta arte, se bonita, é injusta e cobarde e nenhuma arte pode ter mérito assim. Nesse aspecto penso que todos concordarão. É uma arte desonrosa, para utilizar a linha de valores da tauromaquia.
A arte de lutar até à morte dos gladiadores era considerada bastante mais honrosa e bonita por quem assistia. Mesmo essa acabou. Será também uma pena?

10 - As Touradas enaltecem a nobreza do Touro.

Só uma mente muito ignorante ou distorcida pode realmente acreditar que os Touros quando vão para uma arena cumprem um qualquer desígnio divino.
A justificação de que o Touro é nobre por lutar pela vida numa tourada vem de quem alimenta o seu negócio e enriquece à custa deste espectáculo perverso mas rentável.
A nobreza é um conceito inventado pelo homem. Na natureza todos os animais são iguais e todos lutam pela sobrevivência. Ninguém duvida de que o Homem, numa luta com as suas armas e condições consegue ser superior a qualquer outro animal. Provar isso numa luta desigual não é nobre, é estúpido.

Os argumentos contra as Touradas:

Não há qualquer justificação moral para se causar sofrimento a uma animal para fins de entretenimento.
A recusa em ter consideração pelo sofrimento de um animal só pode ter origem em três factores:
falta de cultura, falta de educação ou falta de carácter.
É muito simples, pouco mais há a dizer sobre o assunto.



(texto retirado do site http://www.fightbull.com/2006/pt/argumentos.html)

Friday, October 27, 2006

Declaração da UNESCO 1980

"A tauromaquia é terrível e venal arte de torturar e matar animais em público, segundo determinadas regras. Traumatiza as crianças e adultos sensíveis. A tourada agrava o estado dos neuróticos atraídos por estes espetáculos. Desnaturaliza a relação entre o homem e o animal, afronta a moral, a educação, a ciência e a cultura."

Saturday, October 14, 2006

“Touradas à Corda” e “Sortes de Varas”


Muito comuns nos Açores (embora aconteçam noutras zonas do país), as “touradas à corda” constituem um outro tipo de acto tauromáquico profundamente cruel. Estas consistem em prender uma série de cordas aos cornos dos touros e puxá-los pelas ruas das localidades onde esta barbaridade acontece, conduzindo-os à água, onde são forçados a cair e onde tentam nadar para evitarem morrer afogados. É comum os outros ficarem com fracturas nos cornos e nos membros. Em algumas “touradas à corda”, os touros são mortos à facada, como acontece nas touradas de morte ilegais em Monsaraz.

Também comuns nos Açores (embora aconteçam noutras zonas do país, como Alcochete), as “sortes de varas” são actos tauromáquicos extremamente violentos típicos das touradas em Espanha. Nas “sortes de varas” (que são ilegais e que os promotores tauromáquicos portugueses têm estado a tentar organizar sob outras designações, nomeadamente “tentas”, “provas” e “picarias”), os touros estão com os cornos inteiros e investem desesperadamente contra um cavalo – que tem uma imensa e muito pesada armadura a toda a sua volta e que tem os olhos tapados para não ter ainda mais medo do que já sente –, enquanto, do alto do cavalo, o “picador” espeta uma longa lança – a vara –, com um ferro muito comprido e afiado na extremidade, no dorso do touro. Quanto mais o touro faz força para se soltar e tentar defender, mais o ferro comprido o perfura, rasgando-o e provocando-lhe um ferimento de gravidade extrema. Os defensores das touradas defendem que as “sortes de varas” servem para avaliar a bravura dos touros, mas isso é uma falsidade – na verdade, as “sortes de varas” servem para enfraquecer e provocar um sofrimento imenso aos touros.

Saturday, September 23, 2006


Sunday, September 17, 2006

Onde o sofrimento começa

O sofrimento dos animais começa quando os touros – principais vítimas desta actividade (além dos cavalos e das vacas, assim como dos novilhos, quando são usados ainda enquanto bebés e jovens) –, depois de terem já perdido cerca de 10% do seu peso na viagem da ganadaria (onde são criados e onde estão habituados a uma vida tranquila) para a praça de touros, devido ao stress, são mantidos nos curros, até à hora de entrarem na arena, onde a angústia e o medo são crescentes. Junta-se a isto o sofrimento físico, que aqui começa, não só porque os animais são conduzidos com aguilhões e à paulada, mas também porque, entre outros métodos de preparação, são-lhes serrados os chifres sangue frio para serem embolados (nas touradas portuguesas, os touros não têm sequer os seus chifres inteiros e expostos, para terem uma oportunidade mínima de se defenderem).Ao entrar na arena, os touros vão já fortemente enfraquecidos e feridos (devido aos chifres serrados a sangue frio antes da tourada), além de apavorados. O pânico do touro é tão grande, que fugiria deste cenário aterrorizador, se tivesse essa possibilidade. Ao contrário do que os defensores das touradas alegam, é possível observar a expressão de medo e de confusão nos touros sempre que estes entram na arena, e que se agrava quando a tortura da tourada se acentua, à medida que as bandarilhas e os restantes ferros (que podem ter comprimentos variáveis entre os 8cm e os 30 cm, além de terem afiados arpões na ponta, para se prenderem à carne e aos músculos dos animais) rasgam os seus tecidos, provocando-lhes um sofrimento atroz, além de febres imediatas, acrescidas de um enfraquecimento acentuado pela perda de litros de sangue.Depois da tourada, com o toureio a cavalo, toureio a pé e pega, cada touro regressa aos curros, horrivelmente ferido, com um sofrimento agonizante, onde, uma vez mais a sangue frio, lhe será cortada a carne e os tecidos musculares para lhe serem arrancados os ferros com os seus arpões, que lhe foram cravados durante a tourada. A dor é indescritível. Tanto nas touradas à portuguesa, sejam corridas de touros ou garraiadas, como nas largadas, touradas à corda, ou mesmo nas sortes de varas, tentas públicas e touradas de morte que, embora ilegais, acontecem em Portugal com a permissão das autoridades, os touros (e os cavalos) são as vítimas de um espectáculo com características extraordinariamente cruéis, envergonhando Portugal, por ser um país em que cerca de 5.000 touros e 300 cavalos por ano sofrem indefesos o mal que é a tourada.

Thursday, August 24, 2006

AS TOURADAS TÊM DE ACABAR!

Todos os anos, milhares de touros são torturados em nome de uma suposta tradição que insiste em persistir no sofrimento e posterior morte destes animais.
A tauromaquia é uma actividade de culto do sangue e da violência sobre os animais.
Só os motivos económicos ganham na luta de ódio que o Homem tem a cobardia de exercer sobre os animais.
Em toda a História da Humanidade sempre existiram tradições,cultos e crenças cruéis. Não devemos persistir no erro da manutenção de tradições retrógradas e sangrentas.

O touro não sofre: Falso

Se um insecto pousa sobre um Touro, este imediatamente o detecta, o que demonstra a sua extrema sensibilidade. De outra forma, se o Touro não sofresse, não serviria de nada castigá-lo na arena. O sofrimento é um meio de coacção bem conhecido. Sem dor, a tortura não tem efeito. Os Touros enquanto animais como o Homem, também possuem um sistema nervoso complexo e terminações nervosas superficiais que lhes permite sentir a dor e o sofrimento aplicado nas touradas.

Sem touradas não existiriam touros: Falso

O Touro Ibérico sempre existiu. Em tempos remotos, os ritos iniciáticos do culto do Touro distanciavam-se muita das práticas taurinas actuais. Só mais tarde, com a construção das praças de touros, em plena época da Inquisição, na qual a tortura e as execuções de humanos e animais eram diárias, é que a popularidade das touradas começou a aumentar. Afirmar que não existiam touros nem touradas, equivale a dizer que sem caçadores não existiriam perdizes ou que não existiriam elefantes sem o negócio de marfim.

As corridas são arte e cultura: Falso

Em 1980, a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura), emitiu a sua conclusão a respeito das corridas de touros - "A tauromaquia é uma arte venal de torturar e matar animais em público, segundo determinadas regras. Traumatiza as crianças e os adultos mais sensíveis; agrava os estados dos neuropatas atraídos por estes espectáculos e desnaturaliza a relação entre o ser humano e o animal.
Por tudo isto, constitui um desafio à Moral, à Educação, à Ciência e à Cultura.” A crueldade que humilha e mata pela dor, jamais se poderá considerar Cultura. Vamos chamar as coisas pelos seus nomes – negócios de crueldade, nunca será arte nem cultura.

Saturday, July 22, 2006





Cultura é tudo aquilo que contribui para tornar a humanidade mais sensível, mais inteligente e civilizada. A violência, o sangue, a crueldade, tudo o que humilha e desrespeita a vida jamais poderá ser considerado "arte" ou "cultura". A violência é a negação da inteligência.
Uma sociedade justa não pode admitir actos eticamente reprováveis (mesmo que se sustem na tradição), cujas vítimas directas são milhares de animais.
É degradante ver que nas praças de touros torturam-se bois e cavalos para proporcionar aberrantes prazeres a um animal que se diz racional.
Portugal não se pode permitir continuar a prática do crime económico que é desperdiçar milhares de hectares de terra para manter as manadas de gado, dito bravo. A verdade é que são precisos dois hectares de terreno, o equivalente a dois campos de futebol, para criar em estado bravio cada boi destinado às touradas. Ora isto é tanto mais criminoso quando Portugal é obrigado a importar metade da alimentação que consome. Decerto os milhares de hectares desperdiçados a tentar manter bois em estado bravio, produziriam muito mais útil riqueza se aproveitados em produção agrícola, frutícola, etc.
Uma minoria quer manter as touradas e as praças de touros, bárbara e sangrenta reminiscência das arenas da decadência do Império Romano. De facto nas arenas de hoje o crime é o mesmo: tortura, sangue, sofrimento e morte de seres vivos para divertimento das gentes das bancadas. Como pode continuar tamanha barbaridade como esta, das touradas, no século XXI?
Só pode permanecer como tradição o que engrandece a humanidade e não os costumes aberrantes que a degradam e a embrutecem.

Não seja responsável pela tortura.
Não assista a touradas!